Quibi, a fast fashion do conteúdo chega ao mercado
O Quibi é o novo streaming que será lançado dia 6 de abril nos Estados Unidos e que chega para inovar o mercado. Enquanto eu poderia citá-lo colocando suas características inovadoras, me chamou a atenção como o serviço desconstrói o modelo de conteúdo de streaming que temos hoje e como tudo isso está associado diretamente a um tipo de consumidor: a geração Z.
A geração Z, para quem não conhece, são os nascidos entre 1989-2010, os "novos consumidores". Tanto alarde em torno deles é porque todos querem ganhar essa fatia de jovens que acabaram de entrar no mercado de trabalho e estão definindo seus modelos de compra.
Mas o que isso tem a ver com o Quibi e o que o Quibi tem a ver com a geração Z?
A começar, o Quibi é um streaming APENAS para celular. E a geração Z é marcada por serem os primeiros consumidores a crescer totalmente na era digital. Eles são conhecedores de tecnologia e mobilidade; se comunicam principalmente por meio de mídias sociais e textos e passam tanto tempo em seus telefones quanto as gerações anteriores perdiam assistindo a televisão.
A maioria dos "Gen Z" preferem serviços de streaming ao cabo tradicional, além de preferirem conteúdos pequenos que podem receber em seus telefones e computadores. Esse é o motivo de sucesso do YouTube e TikTok. Mas seguindo a mesma linha, a Quibi implementou algo similar no seu modelo: o tempo dos episódios do streaming não ultrapassam dez minutos.
No momento em que todas as produtoras de conteúdo estão brigando pela escassa atenção do usuário, mantê-lo conectado através de novidades constantes é um movimento inteligente, ainda mais considerando que o tempo médio de atenção da geração Z é de apenas oito segundos.
Alguns outros detalhes complementam o produto – os modelos de assinatura custarão US$ 4,99 por mês com anúncios ou US$ 7,99 sem anúncios. A duração dos anúncios depende da duração do programa, variando de 10 a 15 segundos de conteúdo comercial e dá ao consumidor o controle sobre consumir ou não propagandas. Afinal, o tempo é seu!
Com certeza, esse novo modelo da Quibi já deve estar deixando uma série de produtores de conteúdos bastante ansiosos com o seu lançamento. Numa era de digitalização e mudanças de valores, o entendimento do consumidor é mais vital do que a marca por trás de um serviço.
A real é que já passou da hora de TV aberta, cabo e até streamings padrões entenderem que a necessidade de mudanças é contínua e que devem encontrar maneiras de fornecer aos seus espectadores o que for do seu interesse, naquele momento, e não em uma fórmula já preparada.
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