Em breve iremos flutuar entre cidades
Nessa volta de férias uma das coisas que mais incomoda todos nós é o trânsito. Recém-saídos de uma rotina de poucos dias em que a cidade fica mais tranquila por conta das escolas e viagens, retomamos a vida de trabalho e congestionamentos.
Com cerca de 50% da população mundial morando em grandes cidades, as aglomerações tornam a rotina da população e seus deslocamentos insustentáveis. É estimado que até 2030 esse número deve subir para 60% da população mundial considerada urbana, assim como o aumento do número de megacidades com mais de 10 milhões de habitantes e a venda de mais de 125 milhões de carros no mundo.
O problema da mobilidade urbana no Brasil não é diferente. Ao longo dos anos criamos uma cultura de transporte individual rodoviário com investimentos do governo voltados para melhorias de tráfego de automóveis e pouco no transporte coletivo. Por conta disso, boa parte da população segue comprando carros e motocicletas. De 2008 a 2012, por exemplo, o percentual de domicílios que possuía automóvel ou motocicleta subiu de 45%, em 2008, para 54% de posse, em 2012, sendo que as classes de renda mais baixas tiveram os maiores crescimentos da taxa de posse de veículos privados e, por consequência, a demanda de uso de transportes públicos vêm caindo.
Não estamos prontos para essa realidade e seus efeitos: maior tempo de deslocamento, insustentabilidade ambiental, maior número de acidentes…
Soluções?
Multimodais! Na nova onda tem se falado muito em carros autônomos, patinete, Uber, compartilhamento de bicicletas, compartilhamento de veículos e assim por diante. Mas caso ainda não tenham percebido, boa parte dessas soluções seguem priorizando o transporte individual em detrimento do coletivo. Esses modais são sim essenciais para a melhoria na mobilidade urbana, porém quando integrados ao bom e funcional transporte público.
Futuro do transporte coletivo
Você já ouviu falar em Hyperloop?
O novo modelo de transporte de cargas e pessoas hipersônico que foi desenvolvido e anunciado por Elon Musk em 2013, funciona através de um tubo fechado onde o veículo é conduzido por propulsão elétrica e flutua no "trilho" por meio de levitação magnética. Tudo isso parece confuso, mas é apenas a explicação técnica para o que pode ser o transporte coletivo a trazer mudanças de paradigmas.
Como funciona?
O novo modelo ajudaria a eliminar barreiras de tempo e distância e traz a possibilidade de expansão das zonas de moradia para lugares mais distantes, além de ser considerado de energia limpa por não fazer emissão de carbono.
Próximos passos em 2020
Até agora, tanto a Hyperloop TT (fundada por Musk) quanto a Virgin Hyperloop One (com o mesmo conceito, porém do grupo Virgin) operaram apenas em pesquisa, desenvolvimento e prospecções para as suas primeiras rotas, mas sem a conclusão de nenhuma estação ou testes com passageiros comerciais.
Isso pode mudar em breve. É esperado que a Virgin inicie a construção do seu primeiro trecho até o final do ano na Índia. Além disso, está prevista a primeira apresentação dos pods (como são chamados os vagões) ao público durante a Expo Dubai 2020. Se esses passos se concretizarem, poderemos então dar boas-vindas ao novo modelo de transporte hipersônico, romper barreiras na mobilidade urbana e dar mais uma estrelinha de inovação para Musk.
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