Como um teste de DNA pode ajudar no combate ao preconceito?
A curiosidade pelo nosso passado e origem existem desde sempre. Todos nós alguma vez já questionamos: qual a minha origem? Quem são os meus antepassados?
A ascendência de cada um de nós e principalmente a história que é contada por nossas famílias (quando elas têm o privilégio de ter essa informação) tendem a marcar a maneira como nos enxergamos e justificamos nossas características e personalidades. Por exemplo, quem nunca teve um amigo que falou: "Ah… não repara que lá em casa todo mundo fala alto. Família de italianos, sabe como é?"
Mas e se eu disser que a maior parte de nós está errada quanto a sua origem?
Você pode descobrir isso fazendo um teste de DNA, que permite identificar a sua ancestralidade e também propensão à doenças como câncer de mama, mal de Alzheimer e outras.
Esses testes estão cada vez mais acessíveis, simples e rápidos graças ao avanço das tecnologias exponenciais. Em 1990 quando foi lançado o projeto Genoma, a análise e sequenciamento de DNA custou cerca de US$ 3 bilhões e levou 13 anos. Já hoje, esses testes são facilmente encontrados e vendidos diretamente ao consumidor em farmácias, sites e até na Amazon.
Um dos principais fatores para a popularização é o preço, já que custam entre US$ 49 e US$ 200. É o caso das empresas Ancestry, que já coletou mais de 14 milhões de amostras e a 23andMe com 9 milhões de amostras coletadas no mundo (dados do MIT Technology Review). Aqui no Brasil temos a recém-chegada MeuDNA e também a Genera com valores de R$ 399 e R$199, respectivamente.
Uma única origem
Um recente artigo publicado na revista Nature revelou que um vale no norte de Botsuana foi o berço dos homo sapiens há 200.000 anos, onde se encontra o rio Zambeze. Essa região também cobria partes da Namíbia e Zimbábue e abrangia um enorme lago que sustentou nossos ancestrais por 70.000 anos. Porém entre 110.000 e 130.000 anos atrás, o clima começou a mudar e pela primeira vez a população migrou para fora da África e, em seguida, foi se espalhando pelo resto do mundo.
Então agora vamos pensar sobre isso. Lembra aquele amigo de família italiana? Ele é antes de tudo africano! Provavelmente se hoje ele fizesse um teste de DNA, daria ao menos uma estatística de 0,1% de algum país da África.
Finalmente temos acesso aos testes de DNA e, mais importante do que preencher os egos vaidosos daqueles que querem se afirmar como 60% europeus, poderemos quem sabe educar aqueles que são racistas. Está na hora de deixar nossas questões culturais e raciais de lado e lembrar que antes de tudo temos em nós mesmos múltiplas raças!
Fica a torcida por mais situações como essas:
Sobre o teste de DNA, uma das entrevistadas resume bem o sentimento: "isso devia ser obrigatório. Não haveria algo como extremismos no mundo se as pessoas soubessem de fato suas raízes. Quem seria tolo o suficiente para pensar em raça pura?"
E se ficou curioso para saber as suas origens e mestiço de que você é, aproveita que tem várias promoções de BlackFriday vendendo análise de DNA. Quem diria?!
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.